Tivemos que suportar a dureza das pedras nos pés,
subimos encostas lisas, vencemos o medo paralisante,
repousamos vitoriosamente no cume onde pousam os loucos.
Os corpos feridos, ouvimos o rugir de negras panteras,
o líquido voo dos carcarás famintos sobre a terra.
Onde vamos vivem os seres que regurgitam flores,
no interior das florestas, cobertas de espessas brumas,
e o eco dos gritos apodrecem nos ouvidos de bugios moucos.
Haveremos de suportar ali o silêncio de ferro,
o peso do ar gelado nos pulmões, enquanto os rios choram.
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