Lá, onde sangram
estranhos vagidos,
e a fome do carcará
espera rodopiando a presa,
ouço o tropel da
chuva por sobre o palmeiral.
Lá, onde cães transidos
pelo frio rosnam a fome,
Posso ler os céus
de chumbo açoitados pelo vento
E a garra do jaguar
me abrindo o peito.
Quisera ter uns
dias a mais no estertor da febre
Para curar a alma
da tempestade que se aproxima.
Sentir a revoada de
papagaios no pânico das águas
Singrando luz e
relva, solidão e pólvora.
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