Não assusta a pegada de um jaguar faminto,
que atravessou a aldeia ofuscado pela madrugada,
nem o marcado pio do pássaro noturno.
Homens sussurram das redes bem trançadas,
sorriem dos cães que tremem de medo,
buscando a olfativa presença no farol dos olhos.
De manhã as crianças vão para o rio,
e nadam sob os olhos ocultos da sucuri,
trazem frutos, empunham armas, riem...
Altíssimas e retilíneas árvores gemem,
na beira do córrego de águas transparentes.
Um tucano observa os passantes
com o bico ensimesmado.
O jaguar urrou de novo, mas ninguém liga.
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