sábado, 11 de novembro de 2017

57. SINAIS

Os sinais que vi, ninguém mais viu, é certo,

existiram como lembranças esgarçadas,

codinome do medo em loucas gargalhadas.

E calei, como que pregando no deserto.


Eu, jovem, tinha cisma com  o mar aberto,

temendo ouvir sereias em praias naufragadas

e sumir no mar, de lágrimas desfolhadas.

Vendi meu barco, por esse destino incerto.


Se os sinais que vi eram sonhos, não sei tampouco,

alimento poucas crenças, meu grito é rouco,

o olhar se apaga, como um farol de ilha perdida.


Esqueci de esperar, embora haja esperança,

nos sinais que te anunciavam, como lembrança,

no horizonte vermelho onde encantei a vida.

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