Nas manhãs chuvosas de janeiro
o céu da Ilha perde a claridade
as ruas parecem tristes e abandonadas
e os bem-te-vis deixam de cantar.
As velas dos barcos acenam da baía
para um depressivo Cais da Sagração
de onde se avista o mar de gelatina opaca.
Nas manhãs chuvosas de janeiro
as formigas criam asas e sobem os muros
e árvores gotejam sonhos adormecidos.
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