De passagem pela casa, não há mais jardim,
apenas as folhas no terraço de vento.
A lembrança dos meus passos de cimento
ecoa sem as flores por dentro de mim.
Certo que derramo ainda os rios de pranto,
e que replanto os vasos abandonados
pelo tempo: trinta dias já são passados.
Quero a luz que me ficou no derradeiro espanto
de te perder no aço da longa caminhada,
sem que fossem as minhas súplicas ouvidas
no desespero da mão entrelaçada.
Queria mais tempo, mais calor da chegada,
mais abraços de reconciliações repetidas,
o aceno insistente no portão da entrada.
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