Aqui onde o medo e a solidão imperam
as flores ornamentam caminhos que não vão para lugar algum.
Adiante, pessoas falam no corredor da morte, indiferentes.
O crespúsculo chora por razões infinitas,
que atraem pardais depois da chuva.
Aqui onde o meu medo se impõe como um grito,
a noite se aproxima silenciosa, no pisar de um jaguar faminto.
E contemplando meus gestos sem sentido
as pessoas não enxergam o desespero de quem se atira do penhasco.
Aqui, onde pranteio o nada, como solidão infame,
meu corpo nu se encolhe na calçada fria e espera.
Nenhum comentário:
Postar um comentário