Mesa posta, a agenda com atalhos curtos,
que desmbocavam na ternura do aroma, no timbre da voz.
Muito mais do que perder um simples hábito,
é esse longo vácuo depois da chuva,
semeando a tristeza dos pardais nos muros.
De madrugada, na hora de Miguel Arcângelo,
o peito asmático se comprime na lembrança,
como pontadas agudas de perder sem remédio.
E já no mês de junho as chuvas insistem,
tocam um piano melancólico nos beirais
e tangem o frio para dentro da minha rede.
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