Que pena que não houve pássaros febris
no cair da tarde, somente a luz do frio.
Se muito, o esvoejar de fogo dos colibris,
e agudos vagidos de infantes no rio.
E toda a força para pensar que eu tive
transformara-se em folhas e musgos do chão,
um pedra rija que no peito eu mative,
raízes nos olhos, sulcos no rosto e nas mãos.
Que pena que os pássaros se foram embora,
levando consigo estranhos testemunhos,
de roupas no varal, retratos sem rascunhos.
E tudo passou como um sopro, por agora,
aves peregrinas em loucos redemunhos
de agosto, tropel de ginete, gibão e espora.
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