Estranho quando vem a morte
e paralisa tudo, vento, sol e céu,
deixando apenas o inventário da memória.
De menino caçador na imensidão dos campos,
até a velhice das mãos e dos olhos
poucos lembrariam, as lágrimas sulcando o chão.
Enrijecido corpo, urna de flores,
pela derradeira vez cruzando ruas da cidade,
um séquito de lembranças turvas em pleno dezembro.
O sino da capela chamará os desavisados.
Eles virão aos sussurros, estremunhados de espanto.
Estranho partir, estranho choro, estranho mundo...
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