Cada dia que passa eu me sinto mais terra.
E sombra, e pássaro e água do córrego.
Meu corpo não sente mais feridas,
nem o ladrar do cão que me dilacera.
Eu reuni forças para longas caminhadas,
renovei meus pulmões com o hálito das árvores
e não ouço mais o clangor das buzinas e motores.
Cada dia que passa eu dependo menos do amor
de humanos que habitam o cimento e o aço.
Meu rosto sorve a brisa de fora na janela
e meus braços estão abertos para o nascente,
onde nuvens incandescentes convidam a sonhar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário