sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018
65. MEMÓRIAS DE UM BAIXADEIRO
Épicos dias de travessia, reencontrando os guarás no céu azul, o boqueirão misterioso, a baía agitada;
Depois, a saudade do arroz de jaçanã e da farofa de jurará;
Como esquecer a dispensa dos queijos de São Bento,
as abelhas desgarradas e os paturis cantantes no terreiro;
As nuvens de mosquitos na enchente dos campos, o tanque de peixes, os bois marrequeiros e os caçadores;
Na memória ainda as viagens de canoa puxada à vara, cortando os mururus e orelhas de veado;
Longe, o melancólico horizonte de águas verdes;
Com esquecer minha presença na janela da casa grande, alongando a vista sobre a Ponta de Baixo;
e o grande armário de redes para o festejo de Santo Antônio,
ladeado por uma capela entupida de gente.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário