SINAIS
existiram como lembranças esgarçadas,
codinome do medo em loucas gargalhadas.
E calei, como que pregando no deserto.
Eu, jovem, tinha cisma com o mar aberto,
temendo ouvir sereias em praias naufragadas
e sumir no mar, de lágrimas desfolhadas.
Vendi meu barco, por esse destino incerto.
Se os sinais que vi eram sonhos, não sei tampouco,
alimento poucas crenças, meu grito é rouco,
o olhar se apaga, como um farol de ilha perdida.
Esqueci de esperar, embora haja esperança,
nos sinais que te anunciavam, como lembrança,
no horizonte vermelho onde encantei a vida.
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