Eu tenho na mão uma chama estranha,
alvéolo, cicatriz, estigma, luz na escuridão,
que reluz e apaga como o fogo fátuo na campina.
Eu ofereço a minha mão ensaguentada,
aberta e no vermelho espalmada, a rosa púrpura
do jardim incendiado no timbre azul dos punhais.
Eu sei ferir as lâminas batendo asas,
no assombro da língua desossada,
candeeiro sem querosene, vela sem castiçal.
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