No meu coração
deveria brotar árvores
e repousar ninhos.
Somente a estática das pedras e do chão
fazem o musgo, crescem raízes, criam as nascentes.
A vida emerge sem pressa e sem clamor.
As presas sobrevivem da inércia,
e da invisibilidade.
É na dormência dos remansos que habita o peixe,
e no rumor da brisa que soçobra a folha.
Como demoram afundar as raízes,
como esperam as estações as flores e os frutos...
Os rebentos se geram sonolentos no ventre da mães,
os embriões dos ovos exigem chocas sem pressa.
Dentro da minha casca vive o silêncio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário