Agosto é o mês que inspira cuidados no sertão.
É o tempo das cobras, que saem para vadiar,
é o tempo dos cachorros loucos e outras coisas tais...
Mas por entre os punhos da rede entrevejo o céu,
no azul sem nuvens, cortado por andorinhas.
Ouço os bem-te-vis destruidores de ninhos
e o ruflar das varandas me anestesiando o sono.
O gato malhado ressonando no tamborete,
sempre vigiado pelo calango, não inspira confiança...
O fato é que tanta preguiça
não tem nada com o mês de agosto...
E eu não vou reclamar, depois de comer tanto
- prefiro o ranger das escápulas.
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