Trago nas mãos a marca implacável
da lua vermelha no vasto sertão.
Árvores secas e trincado chão
orientam o caminho mensurável.
Ao largo voejar do bote execrável,
meu tordilho negro corre espantado,
e meu coração dispara abrasado,
ao tremor do gesto improvável.
Sem medo do túmulo irrenunciável,
a canção brotando do solo duro,
meu silêncio incendeia o quarto escuro.
Com as mãos tensas, o gesto imutável,
despedacei troncos no peito e no ombro,
e ouvi estalar meu grito com assombro.
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