quarta-feira, 2 de novembro de 2016
7. DIA DE FINADOS
Link
Entre um rio e uma palavra existe um vão de coisas...
Elas correm no tempo como folhas tangidas nas correntezas,
algumas se perdem nas profundezas outras seguem caminho.
O rio e a palavra choram.
Quero esquecer da palavra...
Quero ser folha, furtiva e lânguida
nas corredeiras de um rio do sertão.
Um dia eu me encontro com ela,
prisioneira de um remanso qualquer,
onde se fundem raízes e folhas.
Entre um rio e uma palavra haverá a fusão das coisas,
caminhos de pedras ásperas, pios de aves incandescentes.
O rio e a palavra choram na minha presença.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário