quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
11. POEMA DA GUERRA
Poema-presente para Alberto Tavares, Defensor Público no Estado do Maranhão.
Quem se levanta por trás das trincheiras do mundo?
Enquanto o dia apodrece nas palafitas da cidade/canina,
A coragem falta nos homens silenciados pelos tratores,
A dor passa despercebida e naturalizada nas calçadas
e pés descalços repousam no asfalto quente.
Quem se levanta para incendiar a fala?
Quando todas as portas estão fechadas
e ninguém ouve o choro reprimido de vergonha,
tudo desabando nos casebres da periferia,
a chuva destronando sóis de esperança.
Onde houver a mão do afago e do punho
o direito brota como chama ardente por sobre o frio
e a ciranda da vitória adentra a casa dos desvalidos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário