Nunca pude olhar nos olhos da tristeza.
Ela sempre fugiu de mim, envergonhada...
Sou testemunha imune dos anos felizes,
e da mansidão do tempo,
correndo como água do córrego.
Nunca entendi profundas mágoas,
grandes e indisfarçados ressentimentos,
porque estive com os pés na areia fina,
ou trilhei veredas sombreadas.
Não me convidem para festas,
onde se é obrigado a falar por falar,
e os cumprimentos obedecem rituais bisonhos.
Eu prefiro a luz do sol, o perfume do sal,
e longínquas barcas no horizonte.
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