quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

13. POEMA DA GUERRA


                                                                 Poema-presente para Alberto Tavares, Defensor                                                                                       Público no Estado do Maranhão.


Quem se levanta por trás das trincheiras do mundo?

Enquanto o dia apodrece nas palafitas da cidade/canina,

A coragem falta nos homens silenciados pelos tratores,

A dor passa despercebida e naturalizada nas calçadas

e pés descalços repousam no asfalto quente.


Quem se levanta para incendiar a fala?

Quando todas as portas estão fechadas

e ninguém ouve o choro reprimido de vergonha,

tudo desabando nos casebres da periferia,

a chuva destronando sóis de esperança.


Onde houver  a mão do afago e do punho

o direito brota como chama ardente por sobre o frio

e a ciranda da vitória adentra a casa dos desvalidos.

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